Oh! Agora não.

Eu sabia, você sabia, todos nós sabíamos.

Leonardo Moreira
2 min readJul 24, 2021

Quando penso, mais tarde arrependo-me no ridículo: nasce na razão de uma ocasião, um fato sabido.

De amores não superados ou que guarde afeição para um incerto futuro, lidemos, pois sei que a dificuldade numa posição vulnerável ante tarde da noite ou do passado é inevitável.

Matière Matière Matière

Sentindo as lágrimas nas bordas dos meus olhos e o rosto enrugar como se o que estivesse à frente me torturasse com sentimentos infantis, perpasso em sentir-me adulto e deixar que o coração não tenha lugar, função, simbologia.

A demonstração que eu te amo está na cautela e na clareza das eventualidades que moram na angústia. De não saber exatamente o que fazer sem trair eu mesmo ao passo que lhe protejo da desonestidade.

As proporções são ainda maiores quando o espaço também o é, sendo a explosão a maior prova disso.

O sangue escorre pelas paredes e são questionadas as motivações: inundação de porquês e a elucidação que tudo seria diferente, pois ali não acabava, apenas começara uma outra vez todo aquele inferno.

É arriscado manter um coração que tornou-se indefeso numa ideia que fora acometida pela a ameaça: as desculpas se justificariam e seriam aceitas com as mãos abanando, a alma sangrando, calando a própria boca, que soluçando um corpo sem a arte da reivindicação, implodiria.

Aprendi diante as refeições ditas servidas ou planejadas que quando qualquer coisa é muito boa o contraste mediano é intenso. Que a sobremesa compensa o fato de levantarmos e irmos embora, e que o anfitrião, que na maior parte das vezes lava os pratos sozinho, requenta o que sobrou para comer no almoço do dia seguinte.

Sigo forte em pensar que a solução virá, que lidaremos com os novos obstáculos para situações antigas. Que o alívio se mostrará incerto como sempre foi e será.

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