O Copo Do Corpo
A integridade da forma.
Se endireita. No correto, o esperado. Na má intepretação, foge a intenção.
Na espera, atenta melhor maneira. Submete aos devaneios que o momento demanda. Há no espaço, suprema satisfação que não justifica o acaso. Injusto clamou-lhe algo maior, talvez sua própria alma. Desvencilhou ali onde não ousara questionar, a solução.
Inquietava-lhe espaço pouco para a coragem. Faltava, fora do controle da dúvida, força. Desta, pensava consigo, nem se adquire no tempo, nem se encontra disposta às prateleiras da venda lá fora.
Esperou.
No escuro profundo que alumeia, o primeiro plano já era previsível. Questão de tempo, questão de vida. Nos poucos que se movimentam no tempo, o para trás cede espaço à frente. Cabe aqui sua própria direção, cabe aqui os sentido que assente a coerência do que é ou não é.
Incomparável foi o assombro que no faltar do assoalho do próprio espírito, o vazio do eterno. Caiu dentro de si em buraco que nem o tempo, nem o espaço, mensuraram. Nem tamanho, nem velocidade. Nem o começo. Nem o fim. Vive por ser, por estar, vivo.
O atrito, a agitação. A alta temperatura da mudança. Moldam-lhe ali nas condições ideias. Molda a si mesmo em condições ideais. Molda também o outro em condições ideais.
Uma forma só.
Próximo, cada vez mais próximo, tão próximo que assemelha-se a uma coisa só. Se deforma. Frustra-se a forma. Foge da forma. Encontra-se mais uma vez refém. À mercê de um novo ciclo.
É uma verdade que compreendeu-lhe às circunstâncias, mas nunca ao acaso. Vislumbrou com peito próprio que talvez pertença-lhe uma decisão. Tomou-na por si. Tomava ela por si mesma. Produziu imaginação que informou e tão somente indicou. Não há estradas, não há sequer espaço. Mas existe, e isso há de ser comum a todos, a sensação de ter para onde voltar.
Um voltar que jamais chega.